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Obra de Vimes

Estima-se que a obra de vimes terá sido desenvolvida na ilha da Madeira em meados do século XIX. Existem várias versões quanto ao aparecimento da obra do vime na região, enquanto uns defendem que o vime chegou à ilha da Madeira por influência dos ingleses, que escolhiam predominantemente a zona da Camacha e do Santo da Serra para residir e ali implementaram este tipo de artesanato, outros defendem que a obra do vime foi introduzida na ilha da Madeira através de um Camacheiro que foi preso no norte de Portugal, e quando voltou à sua terra natal introduziu esta arte na localidade.

Em finais do século XIX e inícios do século XX, a obra de vimes assumiu um papel muito importante na economia da região, sendo o segundo produto mais exportado para diversos destinos, tais como: Estados Unidos da América, África do Sul e Itália.

O vime provém de uma planta denominada por vimeiro, é plantado e colhido dois a três anos depois entre os meses de fevereiro e abril. Existem vários processos de transformação até que o vime possa ser utilizado nesta arte. Caso o objetivo seja obter o vime na cor branca, este é colocado a secar entre 2 a 3 meses, é descascado e está pronto a ser utilizado, caso queiramos obter na cor preta, o vime é colocado a secar ao sol, com a casca, no caso da cor castanha (mais usual) o vime é cozido em caldeirões de grandes dimensões entre 4 a 5 horas e posteriormente descascado e separado por tamanhos. Para que esteja pronto a ser utilizado, é necessário transformar o vime em liaça trabalhável, um processo passível de ver observado no piso inferior da loja de vimes do Café Relógio, localizado bem no centro da Camacha. Nesta pequena fábrica podemos ainda assistir à produção de várias peças em vime.

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